O maior presente de Natal do Mundo
Parece milagre mas não é.
Estes senhores na foto, os responsáveis pelo Fundo Monetário Internacional, tomaram uma decisão histórica e que muitos pensavam ser impossível. Afinal de contas, dinheiro é dinheiro e o chamado Primeiro Mundo nunca se fez rogado no que toca ao livro de contas.
Mas, seja por insistência dos factos ou por ataque súbito de consciência, a decisão foi tomada.
O FMI confirmou que a partir de 1 de Janeiro de 2006 vai anular a dívida acumulada de 19 países pobres, num total que ultrapassa os dois mil e oitocentos milhões de euros. Graças a pressões do G8 e de diversas instituições não-governamentais, este perdão foi concedido às seguintes nações: Benim, Bolívia, Burkina Faso, Etiópia, Gana, Guiana, Honduras, Madagáscar, Mali, Moçambique, Nicarágua, Níger, Ruanda, Senegal, Tanzânia, Uganda, Zâmbia, Cambodja e Tajiquistão.
Quer isto dizer que, pela primeira vez na história, os países desenvolvidos estendem realmente a mão aos menos favorecidos. A dívida acumulada por estes países (a Zâmbia, por exemplo, devia mais de 400 milhões de euros) representava um obstáculo practicamente impossível de ultrapassar no caminho da recuperação financeira.
Agora, é num livro em branco que se escreve a História. Uma oportunidade única para gerar e gerir instrumentos de apoio para a evolução e crescimento sustentável.
A promessa de um mundo numa balança mais equilibrada: este é, sem dúvida, o melhor presente de Natal de todos os tempos.
Obrigado, diremos todos.
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