Contacto na SIC: Nota de Rodapé

Só um pequeno acrescento ao post anterior sobre o programa "Contacto", nas tardes da SIC.
Primeiro: tenho recebido algumas "críticas", segundo as quais o retrato que fiz do programa é relativamente suave, facto que muitos atribuem às minhas relações de proximidade e amizade com a malta na Comunicasom.
Segundo: reparei que muitas pessoas entenderam como "demasiado elogiosa" a visão que dei dos apresentadores, nomeadamente da Rita Ferro.
Terceiro: houve quem colocasse em questão o meu interesse por um programa das tardes da SIC e quais as razões de o comentar/publicitar, como se se tratasse apenas de uma manobra de simpatia.
Assim sendo, esclareçamos as coisas, e de baixo para cima.
Este programa da tarde é fundamental na guerra das audiências. A SIC, como é sabido, não anda lá muito bem nesta batalha, e um sucesso no pós-almoço é um grande passo para reconquistar espectadores para a antena. Assim, porque a SIC é a minha casa actual, parece-me óbvia a minha preocupação com tudo o que acontece em antena. Conheço e gosto de muitos profissionais que trabalham na SIC, e é do meu interesse profissional que a estação evolua. Quanto melhor a SIC estiver, mais oportunidades surgem para todos os que a ela estão ligados.
Além disso, passei uns mesitos a fazer este horário; só isso já bastaria para o meu interesse.
A visão que dei dos apresentadores é a visão que tenho, lamento. E quando digo que a Rita Ferro Rodrigues demonstra potencial para ser uma comunicadora de referência na televisão portuguesa, é porque assim o vejo. A miúda tem garra, simpatia e, acima de tudo, bagagem. Se a comparar com a maioria das apresentadoras e jornalistas que aí andam, ela sai a ganhar. E bem. Não quer dizer que não se estrague, mas promete muito. Ponto final.
Quanto à crítica suave, ganhem juízo. Ando cansado dos treinadores de bancada e dos especialistas de sofá que largam vaticínios e juízos de valor como quem come tremoços. Tentem lá recuperar a noção de crítica construtiva, ok?
É um dos males deste país: somos demasiado rápidos no que toca a cruxificações, mesmo quando temos telhados de vidro.
E não me chateiem mais.

1 comentário:

S. disse...

É bem mais fácil aceitar ou alinhar num insulto, do que o é ao escutar um elogio. Há muita gente inepta cuja única competência (n sei se será esta a palavra) é criticar, destruir, mandar abaixo. Mas propostas? soluções? críticas construtivas? contributos para melhorias...nah. É preciso saber para as fazer, nem que seja saber viver, e para isso é preciso inteligencia.
Escreve, Carlos, opina e ilumina estas mentes.
Acho até que devias procurar um jornal ou revista para publicares (a troco de bem merecido$$) as tuas análises televisivas que são muito válidas e, acima de tudo, informadas.