Será da idade
Quanto mais contacto com a chamada "malta nova", mais me assusto.
Assusto-me porque, sem aviso prévio nem sinal de chegada, dou por mim a prender na ponta da língua uma frase que me escapa pelas cordas vocais e que julgo não me pertencer, que tantas vezes ouvi da boca de gente a quem eu prontamente condenava e que, pelo respeito aos meus leitores, me recuso aqui a reproduzir.
Porque me recuso também a acreditar nela, embora cada vez mais a sinta a surgir na minha propria voz.
Eu explico.
Cada vez que contacto com "malta nova", percebo que a grande maioria destes teenagers são, na verdade, uns palermas. E por maioria entenda-se "grande parte" e não a totalidade.
Não quer dizer que eu próprio não seja também um palerma, mas a esta malta nova das modas fáceis, dos toques polifónicos Shaquira e da algarviada de sms com x's e k's são um tipo de palerma que a mim me preocupa - são palermas displicentes e em ascensão.
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