Temos artista
Confesso que o estava a subvalorizar e que de forma alguma esperava encontrar o que encontrei ontem no CCB.
Brad Mehldau, 36 anos, subiu ao palco pouco depois das 9 horas. Com um toque simpático de cabeça e o que quase pareceu um sorriso, cumprimentou o público presente e sentou-se frente a um negro piano de cauda. As mãos pousaram nas teclas e, a partir daí, foi uma hora e meia de surpresa, emoção e de jazz sentido, vivido, falante.
Nem o facto de alguns tuberculosos na sala aproveitarem os piores momentos para tossirem ou aclararem a garganta como quem expulsa demónios à força desmotivou o pianista. O rapaz tocou como mestre. E arriscou, arriscou bastante, misturando na sua escolha temas díspares, de Paul Simon a Radiohead até a Julie Andrews no "Música no Coração"...
Mas ainda por cima, ao fim de hora e meia, o sr. Mehldau ainda tocou mais uma hora, porque acabou por fazer não um, não dois mas cinco encores!
Ou seja, foram duas horas e meia de Brad, que mostrou porque é que Keith Jarret já deve andar a olhar pela vidinha.
Excelente.
2 comentários:
bom post ;)
Hummm, melhor que "Köln Koncert"? Hummm... o gajo não é mau, but I, for one, prefiro Frank Zappa.
Um abraço...
Kane
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