Eu tenho amigos que...

...aos trinta anos mandam o escritório à vida e atiram-se para os palcos
...sofrem, porque são genuínos e entregam-se às pessoas
...sabem mais que quem está à sua volta mas fazem questão de não os envergonhar
...preferem uma garrafa de vinho em casa a um shot na discoteca
...conhecem músicas que eu nem sabiam que existiam
...lêem livros com capas estranhas e pouco coloridas
...escrevem numa só frase aquilo que muitos explicam em volumes
...sabem ouvir
...sabem sorrir
...viajam centenas de quilómetros para abraçar alguém.

São poucos, cabem nos dedos desta mão que aqui tenho. Mas enchem a minha vida com todo o tamanho do mundo. Por isso, às vezes sinto-me injustiçadamente privilegiado: porque nem sempre estou ao lado deles, porque lhes ligo pouco, porque acho que eles merecem muito mais.
Sou é um sortudo - existem poucas pessoas assim e eu tenho a sorte de as conhecer.

6 comentários:

Bigmac disse...

Não é sorte, a sensibilidade de quem escreve este texto dá a resposta à felicidade desse conhecimento.

Anónimo disse...

ó pá, ainda me fazes corar...
abraços
PG

Anónimo disse...

Bonito.

É preciso esforçarmo-nos, não só para conhecer pessoas que nos preenchem, mas para manter a sua amizade, o seu amor.

karmatoon disse...

Espero que saibas que vais levar um daqueles abraços que aleijam... mas só por fora. Por dentro aquecem.

eloi disse...

Que bem explicado! Aposto que este texto lhes irá aquecer o coração.

Nota apenas que essas pessoas só se juntam a pessoas com a mesma sensibilidade, dado isso, o facto de existirem na tua vida é um elogio à pessoa que és. ;)

Abraço,
e.

Anónimo disse...

Não existem poucas pessoas dessas, permite-me discordar.