A quem o merece

Ao longo de uma vida, são raras as pessoas assim que temos oportunidade de conhecer. Pessoas grandes, com letra maiúscula, pessoas certas, correctas e corrigidas pela vida e pelo saber. São raras.
Falo das que, se calhar, até passam despercebidas na multidão, mas que guardam no seu interior o melhor que esta raça possui.
São raras.
Gente de valor, com valores.
Gente que fala, mas que ouve.
São tão poucas as pessoas que ouvem.
Gente que não pensa só no que falta mas também no que já tem. Grande parte das pessoas que nos rodeiam passam a vida a pensar no que lhes falta e acaba por não dar valor ao que tem.

Na maioria dos casos, temos tendência a olhar para o espelho e pensar que estamos a ver alguém assim. Normalmente, não é verdade.

Mas existem.
Existem, essas pessoas que escolhem o mais difícil - mas correcto.
Pessoas que simplificam.
Que partilham.
Que alcançam.
Que raciocinam.

São poucas, e se calhar é por isso que é tão bom quando nos apercebemos que algumas delas estão perto de nós.

5 comentários:

Anónimo disse...

No fundo pessoas que valem o meu peso em ouro
Abraço
Pedro Goulão

Carlos disse...

E tu, meu caro Pedro, calhas de ser uma delas. Nem de propósito, seu palhacito.

Anónimo disse...

Normalmente, eu costumo dizer que as pessoas valem pelos defeitos, porque as virtudes são iguais em todos nós.
A únicidade é um dom, a convivência um privilégio.
É sempre bom conseguir encontrar algo de nós nos outros e algo dos outros em nós.

Anónimo disse...

Infelizmente muitas vezes esquecemos-nos de dizer a essas pessoas isso mesmo. Quantas vezes estamos com as pessoas e não lhe dizemos o quanto as admiramos e só quando elas se afastam ou saem das nossas vidas é que chegamos à conclusão que lhe deviamos ter dito, o que não dissemos... e muitas vezes é tarde demais!

Luis Prata disse...

As palavras de um poeta.. belo texto Carlos.

Acho particularmente triste a importância que algumas pessoas dão aos bens materiais, dando menos importância a outras pessoas. Querem mais e melhor para se sentirem bem, se sentirem os Reis do mundo.

Será que quando morrerem, porque todos morremos um dia, os bens vão sentir falta deles?