O Leão mostrou a sua raça

E é uma raça de todo o mundo. Rodrigo Leão deu ontem à noite num concerto grátis junto à Torre de Belém, acompanhado pelo seu Cinema Ensemble e pela Sinfonieta de Lisboa, além de convidados como Ângela Silva, Pedro Oliveira e Beth Gibbons. Um concerto de duas horas para um rio tranquilo e um oceano de gente.
Para além de um som que, sejamos sinceros, estava para aquém do que se pedia, com alguma falta de preenchimento e força, o que é que se pode apontar como defeito? Nada.
O homem mostra que sabe e faz-nos lembrar que, realmente, somos um país de fraca memória e que não valoriza merecidamente o que tem: "lá fora", Rodrigo Leão teria direito a passadeiras vermelhas.
A sua música junta todo o planeta e não tem problemas em criar melodias com sotaque brasileiro ou ritmos argentinos e cruzá-los como que há de mais português.
Beth Gibbons, a voz dos Portishead, esteve à altura, assim como todos os outros intérpretes e músicos, mas foi o comovido Pedro Oliveira que levou a noite a um dos mais altos pontos, ao relembrar os Sétima Legião com o público em uníssono.
Um valente espectáculo. O Leão é, ainda, o rei desta nossa selva lusitana.

1 comentário:

Vítor disse...

Existem muitos artistas mal amados em portugal. Felizmente o publico portugues já não está a papar tudo que lhe metem à frente!
Uma dica porreira:
http://www.lxjovem.pt/index.php
Existe um numero surpreendente de coisas a acontecer debaixo do nosso nariz!