Uma década de OK


Há dez anos atrás, em Julho de 1997, surgia nas lojas de música o então novo álbum dos Radiohead "Ok Computer". Marcado pelas experiências sonoras de "The Bends" o disco trazia consigo uma sonoridade estranha, pouco fácil de digerir e, sobretudo, muito pouco "rock FM". Assim que assentou na praça, "OK Computer" foi alvo de críticas díspares: a "Rollling Stone Magazine" diagnosticava-o como o álbum do ano, a "Time Magazine" sentenciava-o ao rotundo falhanço como "experimentalismo egocêntrico".
Estavam todos errados. "OK Computer" tornou-se não no álbum do ano, mas sim num dos mais marcantes álbuns da década - uma obra única, liberta de estigmas comerciais, fresca, difícil de comparar a qualquer outro produto no mercado e que catapultou os Radiohead para o estatuto de grupo-referência.
Ao contrário dos medos dos críticos e dos promotores, o público acolheu a obra com carinho. Demorou, mas acolheu. Os temas foram saindo do disco, lentamente, através do passa-palavra e da descoberta progressiva e, em 98, ainda se faziam ouvir singles do álbum como se de novidades se tratassem.
Fazem falta mais álbuns assim.

1 comentário:

eloi disse...

Lembro-me como se fosse ontem da minha cara de surpresa a cada música nova que ia ouvindo desse Álbum. É sem dúvida uma das obras que faz parte da banda-sonora da minha vida...

Abraço,
eloi