imaginário
A história é sempre a mesma. Gente que se encontra, que descobre empatias, afinidades, sintonias. Pessoas que se sentem espalhadas, dispersas num mundo de possibilidades. E nascem os projectos.
Somos muito bons, em Portugal, para fazer projectos.
Todos têm, pelo menos, um projecto na manga. Ou estão a preparar um.
Somos uma nação de transferidores, compassos e papel vegetal. Somos um colectivo de anotações em toalhetes de mesa e blocos de rascunhos e intenções. E gostamos disso. De cada vez que um de nós cria um projecto, sente-se como se já estivesse tudo construido. Uma intenção, para nós, é algo palpável.
Se as intenções fossem chips electrónicos, cada mesa de café deste país era uma pequena Taiwan.
Mas então porque é que não fazemos?
Porque é que de tantos projectistas surgem tão poucos empreendedores?
Porque é que tanto talento, tanta intenção e tantas sinopses acabam inanimadas no fundo do imaginário e nas gavetas da semana passada?
Porque é que tão poucos possuem a insensatez e obsessão de seguir em frente com a sua quimera?
Porque é que tão poucos é que compreendem que, por mais louco que possa soar, a meta até é atingível?
Vamos saltar este muro? Vamos contornar esta parede? Vamos não desistir?
Melhor: vamos fazer com que seja possível?
Tenho esta ideia na minha cabeça. É só uma ideia, mas pode ser uma doença. Uma doença que contagie e se espalhe. Que cresça. Que se torne real.
O tempo é sempre curto. O dinheiro é sempre escasso.
Queres fazer?
Salta em frente.
O que é preciso é esse salto.
Não é tempo, não é dinheiro.
É inércia.
9 comentários:
Ando com vontade de criar um grupo de comédia.
Conheces alguém que possa estar interessado?
... uma ideia... SIM!
... assusta, mas não tenho medo.
Abomino o falhanço...
... mas enfrento a derrota.
Eu quero saltar.
Eu vou saltar.
É tudo uma questão de testículos e coração.
O problema é se o salto é mal dado e estatelas-te com o nariz no chão...
O problema dos portugueses é ter os pés demasiado assentes na terra e ter deixado de acreditar em sonhos concretizados...
eu falo por mim...
Fica tudo na gaveta do esquecimento. Tomara que o teu vírus se espalhe e contamine todos nós.
Tens razão.
O que impede? O medo. O medo de falhar. Nem sempre se acredita que mesmo nas falhas está a aprendizagem. O medo é uma coisa boa, torna-nos cautelosos. Mas não devemos deixar que o medo domine as nossas vidas. Se isso acontecer acaba por nos faltar a coragem para ir em frente, para arriscar...
Boa sorte para os projectos.
Mário Castro
:)))
Movimentar-nos custa quase tanto como pensar. Logo, para contrariar a inércia só de empurrão. ;)
E digo mais... empurrão... mas com um grande pontapé no rabo!
Oi..projectos todos temos..vontade ainda mais...Mas e quando somos atraiçoados pela vida..daquelas que nos doem..
Exemplo: é como se fossemos uma casa e tivessemos 2 pilares e desaparece 1 pilar, e logo o pilar mais forte, mais lindo, mais corajoso....outro exemplo: desaparece um dos corações que bate ao ritmo do nosso quando está cansado, triste, alegre e empenhado, revoltado e de repente para de bater...
Coragem, audácia, vontade, empenho ...TENHO POIS!!!
Mas e estes contratempos que nos abanam o nosso EU desde a pontinha dos dedos do pé até à pontinha dos cabelos...
Projecto tenho um, acredito nele mas e agora reconstruir o pilar?ensinar o meu coração a bater sem o outro...
Comentaram que haviam projecos que ficam na gaveta, sabem porque ficam?
Porque somos todos demasiado invejosos, egoístas e é muito mais fácil dizer tu não conseques do que dizer acredita tu vais conseguir, luta tu vais vencer..seja qual for o projecto...seja até a nossa VIDA....
Quero fazer.
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