2007

Adeus 2006, cá estamos nós num novo ano.
Segundo uma velha série de televisão, a lua separou-se da Terra há oito anos atrás.
Mas que mais virá aí?
Os primeiros dias não são propriamente reconfortantes - a habitual subida de preços atacou electricidade, transportes públicos, portagens, combustíveis e tabaco. Os medicamentos vão ficar um pouco mais baratos mas os internamentos vão aumentar (de custo, claro).
A Bulgária e a Roménia estão agora no clube Europa e a Eslovénia usa a mesma moeda do que nós.
A PS3 e o BluRay vêem aí e prometem ser um flop, tal como o novo Windows Vista.
O Médio Oriente, tal como a ETA, continuam a ferro e fogo.

Será um bom ano? Espero que sim.
Do meu lado, conheço um grupo de comediantes que vai continuar a lutar para construir e manter um circuito de comédia na grande Lisboa e isso, por si só, já é bom sinal, provando que o cooperativismo e o esforço mútuo ainda conseguem criar sinergias.

Para o meu lado, o ano começa atrapalhado.
Além de uma torneira em casa que insiste em pingar desalmadamente, várias outras coisas na minha vida parecem ainda não estar devidamente estanques. O processo de semeio que iniciei há um ano ainda vai continuar durante uns tempos, o que significa muito investimento pessoal sem garantias de colheita - mas quem espera sempre alcança, já dizia a minha avozinha.
Como sempre, continuo com muitos projectos. Alguns poderão resultar, outros nem por isso, mas é assim que a coisa funciona.
Claro que a fasquia está mais alta. Há maiores exigências e cada vez tenho menos amplitude de movimentos - o cerco, com o passar do tempo, aperta-se para todos, e as responsabilidades e as amarras tornam-se mais pesadas, mas a coisa há de correr.

Quanto a vocês, os que por aqui ainda vão passando e lendo estas linhas, espero que 2007 seja um ano de mudança.
Não necessariamente para melhor ou para pior, apenas mudança.
Só isso já será bom.
Nada pior do que ondas paradas.
Bom ano e lembrem-se: quando cometerem erros, façam questão de que sejam novos.

2 comentários:

Eduardo Ramos disse...

Renovo os votos de um bom ano de 2007. Não só para ti, Carlos, mas para todos os leitores do teu blog.
Na minha opinão o ano da mudança foi o ano de 2006.
O ano de 2007 é o ano da magia.
Quem tem ambição, sonhos e projectos que tenham algum risco, este ano é um bom ano para isso.
Façam magia. Façam as coisas acontecer. Não esperem por elas. Vão ao seu encontro.
Carlos. Se tens a lâmpada das ideias na mão, não a deixe apagada. Acende-a.
A magia não são os milagres. É fazer as coisas acontecer onde por vezes se pensa que nada há.
Não acendeu à primeira? Vê qual foi o fio que está desligado.
Por vezes a quem tem ideias, chamam-no de idiota. E então? Foi assim que se fez a roda.
Está escuro, tropeçaste, caíste? Acende uma vela, se não tens lanterna. Protege a chama e talvez um dia tenhas um projector de aeroporto.
Também tenho sonhos. Quero fazer coisas que sempre andaram adormecidas e que finalmente acordaram.
Este ano é o ano da magia.
Acordem o mágico que há em cada um e vamos todos fazer magia.
Usem as mãos. A boca. O corpo. Seja o que for, mas façam.
Eu já tenho o meu coelho seguro pelas orelhas. Estou ansioso por o tira da cartola.

Carlos. Já te vi fazer magia. Tu chegas lá.
Eu? Posso ficar somente por truques de cartas, para já. Não quero ser pretensioso.

Bom 2007

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Já agora. Expliquem-me porque é que a gasolina subiu? Então o petróleo não desceu?
Não percebi.

Dissendium disse...

Pessoalmente costumo ver o copo meio vazio, e este início de ano não ajuda nada a mudar essa perspectiva. No entanto o ano ainda agora começou e acredito que efectivamente vão haver mudanças, que mais não seja pelo simples facto de já não ser possível aguentar as coisas como estão, e isto a todos os níveis. Em qualquer dos casos desejo a todos um Feliz 2007, com criatividade, novos projectos e muitas ideias.