Seu Jorge, em grande


Chegou e conquistou, o senhor Jorge Mário, aka Seu Jorge. Ontem, perante um Coliseu de pé e pronto a dançar, o brasileiro encerrou a sua digressão por Portugal.
A primeira parte ficou a cargo do português mais brasileiro possível, JP Simões, que conquistou facilmente a plateia com o seu estilo Chico Buarque se fosse lusitano, apesar de um som aquém do desejado - alguns feedbacks inadmissíveis ao longo da sua actuação. Apesar desta "traição técnica", JP Simões portou-se à altura e aqueceu bem a sala, e com muito sentido de humor à mistura: "-Agora gostava de vos apresentar a banda mas no fundo eu não vos conheço".
Intervalo de 15 minutos e é a vez da cortina subir para Seu Jorge, acompanhado por duas dezenas de músicos (!). A coisa ficou clara à partida: o homem explica que este é o último dia da digressão e que iria ser o melhor espectáculo de todos. E haja pernas para esta pedalada, três horas non-stop de samba, rock-funk, pop favela, com direito a meia-hora pelo meio de Seu Jorge a solo com o violão.
Deu para ouvir de tudo, desde sucessos como "São Gonça" a "Carolina", até aos temas do novo álbum "América Brasil". No final, Seu Jorge saíu e o público subiu a palco, para sambar no meio dos músicos, e o Coliseu virou avenida, num ambiente de perfeita loucura e muito pagode.
Para aguçar apetites de quem não esteve lá e para matar as já saudades de quem ainda boceja depois de uma noite mal dormida mas bem compensada, aqui fica um dos singles desse mesmo novo trabalho. Chama-se "Burguesinha":

Salve Jorge...

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